Dário Monteiro pertenceu aos quadros técnico da Federação de Futebol e, mais do que isso, está sempre pronto a fazer análises técnicas aos jogos e jogadores para as televisões.
Desde a sua iniciação no Torneio Bebec, deixou à vista de todos, a veia goleadora que sempre possuíu. Foi campeão pelo Alto Maé e o tempo apenas se encarregou de confirmar a passagem de promessa a certeza.
Uma vez nos seniores do Desportivo, em pouco tempo deu nas vistas, numa turma que primava por praticar bom futebol.
A Académica foi o “santuário”, onde chegou a ser o abono de família, ao ponto de despertar a cobiça dos três grandes de Portugal. Faltou-lhe a exibição certa dos três grandes de Portugal. Faltou-lhe a exibição certa no momento exacto.
Ao longo das suas prestações pelo Mundo fora Dário nunca deixou de dar a sua contribuição aos Mambas, sendo até uma peça fundamental, graças a uma característica muito rara nos pontas-de-lança destes tempos: é exímio em dar luta permanente aos centrais contrários e mesmo rodeado de adversários, é capaz de “segurar” o esférico, esperar pelos colegas para com eles tabular. Foi até ao limite das capacidades, ao ponto de a sua presença ser contestada em certos jogos, porém desmentida pelas exibições e pelos 12 golos que o colocam como Segundo maior artilheiro de sempre na selecção.
Possuia a técnica perfeita do remate, frio na área e sempre com o enquadramento da baliza na mente.
Estamos a falar de um ponta-de-lança moderno, dos melhores das últimas gerações com qualidades raras de “matador” graças a um conjunto de movimentos rápidos e imprevisíveis.
Legenda da Foto: Dário Monteiro
Bibliografia: Renato Caldeira, 40 anos Após a Independência, 2016
Extraido aqui: Estrelas de Moçambique (14) – Dário Monteiro – Futebol